Mais perigoso que um vírus comum, o software malicioso se instala no computador e se multiplica sozinho.
O worm é um tipo de malware mais perigoso que um vírus comum, pois sua propagação é rápida e ocorre sem controle da vítima. Assim que ele contamina um computador, o programa malicioso cria cópias de si mesmo em diferentes locais do sistema e se espalha para outras máquinas, seja por meio de Internet, mensagens, conexões locais, dispositivos USB ou arquivos. O objetivo do golpe, em geral, é roubar dados do usuário ou de empresas.
O worm oferece mais riscos do que o vírus porque o seu programa é autônomo, de maneira que ele não precisa interagir com o usuário para se ativar no PC e se multiplicar para outras máquinas por meio da rede. Já o vírus se limita a permanecer inativo no sistema até ser executado sem querer pelo usuário – só então ele é capaz de efetivamente infectar o computador.
Estima-se que o primeiro worm foi desenvolvido em 1988 na Universidade Cornell, nos Estados Unidos. O estudante Robert Morris distribuiu pela Internet um programa capaz de se replicar sozinho, com a finalidade de descobrir quantos computadores estavam conectados à rede. No entanto, o software tinha um bug que travou todas as máquinas em que ele foi instalado.
Os worms infectam computadores por meio de brechas já existentes no sistema. Eles podem ser transmitidos em segundo plano na forma de um arquivo corrompido ao acessar uma página suspeita. Esse arquivo pode se passar por um instalador de programa que, quando executado, abre uma porta no sistema para instalar um software malicioso no PC. A partir daí, o worm pode se espalhar por meio do envio de mensagens que contenham anexos ou links contaminados a todos os contatos do e-mail cadastrado no computador.
Alguns tipos de worms são sofisticados a ponto de fechar todas as brechas de segurança do sistema para impedir a infiltração de outros tipos de malwares. Tudo isso ocorre para ter exclusividade no roubo de contatos e dados. No entanto, também há worms que não praticam apenas o roubo de informações.
Eles podem ser usados para atacar o sistema de segurança do computador ou rede e deixar as portas abertas para vírus e malwares mais perigosos. Enquanto o worm não é neutralizado, ele se multiplica e pode atingir até a rede de grandes empresas. Por isso, o roubo de dados pessoais pode ocorrer também por ataques feitos aos sites que guardam dados sigilosos de usuários.
Como se proteger
Os worms são instalados em computadores e redes a partir de links suspeitos e e-mails com anexos que nunca devem ser baixados ou abertos. A grande dificuldade em reconhecer o perigo é que, muitas vezes, as mensagens são assinadas por contatos conhecidos. Portanto, na dúvida, não clique em nada que considerar suspeito e muito menos faça download de arquivos cuja procedência gere dúvidas.
Mantenha os programas de antivírus sempre atualizados para proteger a máquina do golpe. Caso queira abrir algum arquivo que esteja em um pendrive, é importante sempre escanear o dispositivo com o antivírus primeiro para constatar que não há contaminação.
Caso suspeite que o computador já está infectado com um worm, confira o espaço no disco rígido da máquina. Como a principal função dele é se replicar, o principal indício de infecção é a diminuição de espaço livre no disco. Também é aconselhável monitorar o desempenho do PC, pois o worm pode dificultar a execução de programas e afetar a velocidade da máquina.