Colaboração entre equipes de tecnologia e outras áreas cresce e chega a 97% das empresas, mostra estudo da ManageEngine
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Quase todos (95%) os executivos concordam que a TI é mais responsável do que nunca pela inovação nos negócios e a colaboração entre as equipes de TI e outros departamentos é relatada por 97% das empresas, valor mais alto do que nos últimos dois anos. Esses são dois dos resultados da pesquisa “A TI no trabalho: 2022 e o futuro”, realizada pela ManageEngine.
“A percepção de colaboração entre as equipes e a TI foi grande de maneira geral, mas no Brasil esse é o maior número. A pandemia acelerou a jornada de transformação digital das empresas e apesar de tudo o que aconteceu com o mundo, o que a gente viu foi a reação do time de TI para ajudar a empresa a se manter funcionando”, comenta Guilherme Pereira, diretor de inovação & conteúdo e diretor do MBA da FIAP.
Em evento realizado hoje (15), Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine Brasil, relevou, ainda, dados como: 96% dos respondentes concordam que IA e o ML irão desempenhar um papel significativo no fortalecimento das estruturas de segurança de TI em um futuro próximo.
“Nós começamos a ver que a IA tem um poder muito grande de amplificar as capacidades humanas. A gente não tem muitas mágicas, o que a gente consegue fazer com IA e ML é: tudo o que é possível pensar, computar e toda a parte cognitiva que já fazemos como humano, ela consegue fazer muito mais rápido e com muito mais memória”, frisa Guilherme.
De acordo com Tonimar, 84% dos entrevistados concordam que o cenário de segurança existente em suas organizações precisa mudar para garantir que a empresa esteja protegida; 92% dos tomadores de decisões de TI dizem que suas companhias já descentralizaram com sucesso suas estruturas de TI ou ainda estão em processo e 97% concordam que o sucesso de seu departamento de TI está diretamente relacionado ao sucesso geral de sua organização.
Guilherme faz um contraponto entre a IA e a segurança, dizendo que é possível usar a IA para tentar entender o perfil de um ataque, por exemplo, que uma empresa está sofrendo. A própria IT ajuda a movimentar os mecanismos de defesa. “O seu ambiente de trabalho não é mais a mesa no escritório. Você se conecta por vários dispositivos em vários lugares e isso traz mais complexidade para as camadas de segurança.”
A pesquisa revelou, também, que 78% dos decisores de negócios dizem que os funcionários de sua organização enfrentam barreiras quando se trata de aproveitar ao máximo as tecnologias. A grande maioria (94%) dos tomadores de decisão acredita que pelo menos um departamento em sua organização deveria receber mais treinamento em habilidades técnicas.
Segundo Tonimar, 92% dos tomadores de decisão investiram em IA/ML e está fazendo isso para mais de um caso de uso, em média. A automação é a área mais relatada (64%), enquanto pouco mais da metade (51%) relata o uso de IA para evitar ataques cibernéticos.
“A gente está vendo quanto a tecnologia e a TI são importantes para as empresas criarem valor de negócio. E como as mudanças que estão acontecendo cada vez mais rápido criam cenários propícios para as companhias que estão mais preparadas. Ao mesmo tempo a gente tem um desafio de formação técnica – temos vários dados de uma quantidade muito grande de vagas não preenchidas em tecnologia”, alerta Guilherme.
De acordo com o estudo, 79% dos tomadores de decisão de TI acreditam que a TI desempenhará um papel mais importante na definição das estratégias para as suas organizações nos próximos cinco anos; a atualização das habilidades atuais provavelmente será importante para os tomadores de decisão de TI. Isto é seguido por ter o potencial para aprender novas habilidades. Mais da metade (55%) deles dizem que deixariam sua organização se o potencial de avanço/promoção não fosse mais oferecido ou se o salário não aumentasse de acordo com a inflação
“É interessante como esse componente [de potencial avanço] ainda é um dos relevantes. Não é um número tão gigantesco como os outros, mas isso traz outro ponto. O que mais é importante para essas pessoas para que elas fiquem em uma organização? Para que elas queiram ficar em uma empresa? Não é só o salário que faz ele querer ficar mais, é o desafio, é o conhecimento”, finaliza Guilherme.